segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Respiração Total

 
Professor Fábio Euksuzian e Instrutora Tatiana Marcondes. 

Pode parecer o maior lugar comum do mundo, mas de fato, respirar é viver. Tudo o que respira está vivo, expressa o seu metabolismo e interage com seu ambiente. Assim, concluímos que respirar mais é viver mais. Respirar amplamente significa viver amplamente.

Você já reparou na respiração das pessoas? Perceba que a maioria delas se utiliza de uma respiração curta, superficial, quase oprimida. Os antigos notaram que para todos os estados emocionais, havia uma respiração compatível. Mas a grande sacada foi a de que ao imitarmos determinadas formas de se respirar, alcançamos o mesmo estado emocional relacionados a essas formas.

Repare bem no que foi dito acima: você pode escolher o seu estado emocional apenas imitando a respiração compatível com a emoção desejada. Isso significa que podemos escolher nossas emoções da mesma forma que escolhemos nossas roupas.

Normalmente, vivemos como vítimas de nossos estados emocionais. Se algo de ruim me acontece, fico triste, ou bravo. Se algo de bom me acontece, fico feliz, empolgado. Mas se essa via de mão dupla entre estados emocionais e respiração estiver correta, podemos manter sempre o estado emocional que desejarmos, independentemente das situações que nos acontecem.

“Felicidade ou infelicidade são efeitos ilusórios de causas relativas à condição anterior.” 
DeRose.

Que tal imitar a respiração de alguém concentrado, ou de alguém feliz, ou apaixonado? Você pode desencadear todos esses sentimentos! Em nosso acervo, eliminamos todos os respiratórios que pudessem desencadear estados emocionais negativos e foram agregados apenas os que gerassem sentimentos positivos. Afinal de contas, de que nos adiantaria imitar a respiração de alguém que está com medo e acabar ficando com medo também?

Respirar é a primeira coisa que fazemos ao nascer. Durante a gestação, o bebê assimila o oxigênio diretamente pelo sangue da mãe através do cordão umbilical. Nessa fase, os pulmões ficam cheios de líquidos e não podem respirar. Assim que nasce, o bebê precisa chorar para eliminar esses líquidos e respirar sozinho pela primeira vez.

Respirar também será a última coisa que faremos. Uma boa imagem disso são as cenas dos filmes nos quais, após receber um golpe fatal, o personagem deixa claro o momento  da sua morte soltando um suspiro final. O último sopro, ao qual estamos todos destinados e do qual ninguém pode se furtar.

Poeticamente, podemos imaginar até que cada um de nós nasce com um número programado de respirações. Como um saldo positivo que ao longo da vida vai se consumindo. Assim, respirar amplamente então, ganha um valor imenso! Cada respiração profunda significaria assim alguns minutos a mais para se protelar a hora fatal.

No Método DeRose, levamos a fundo o treinamento respiratório, buscamos ritmos cada vez mais longos e movimentos cada vez mais amplos. Procure estudar algo a respeito e aprofunde-se na prática dessa fabulosa parte do nosso acervo de técnicas.
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